“Estórias trazidas pela ventania”, livro do escritor moçambicano Adelino Luís, conquistou a segunda edição do Prémio Literário Mia Couto e na última quinta-feira foi a vez do galardoado levar para casa 400 mil meticais entregues pelo patrono do prémio, Mia Couto, e Jan de Vries, administrador-delegado da Cornelder de Moçambique (CdM).
Segundo os membros do júri, Lourenço do Rosário, Teresa Manjate, Marcelo Panguana, Ondjaki e Tânia Macedo, a obra “Estórias trazidas pela ventania” possui uma riqueza temática, versatilidade linguística e uma consistente construção dos contos, o que levou ao autor vencer na categoria de prosa.
Marcelo Panguana, presidente do júri, avançou que “Beira é a pátria de fazedores de cultura”, e receberam só daquela cidade, 13 obras concorrentes, sendo nove de contos e quatro de poesia.
Na ocasião, António Limbobo, director executivo-adjunto da Cornelder de Moçambique, enalteceu o facto de o prémio levar o nome de Mia Couto, considerando que o escritor é um exemplo a seguir na literatura moçambicana. Libombo acrescentou ainda que a CdM vai continuar a apoiar o desenvolvimento da cultura no país.
Por sua vez, Adelino Albano Luís, vencedor do prémio, mostrou-se satisfeito pela vitória e o facto de puder associar o seu nome ao de Mia Couto. “É uma honra muito grande vencer este prémio e ter o meu nome associado ao de Mia Couto, que é, para mim, a minha maior fonte de inspiração”.
Concorriam para o prémio Literário Mia Couto, nesta segunda edição, mais três escritores, Jessemusse Cacinda, com a obra “Kwashala Blues”; Rungo Novela, “Da asa do vento; e Sérgio Raimundo, com a sua obra “As ancas do camarada chefe”.
As inscrições para a segunda edição decorreram nos dias 10 de Abril a 10 de Maio. A avaliação das obras foi feita em duas fases, a primeira para apurar os cinco finalistas de cada categoria, e a segunda para indicar os vencedores dos prémios.
Além da obra “Estórias trazidas pela ventania”, Albano é autor do livro “Cronicontos da Cabeça do Velho” (2022). O prémio foi lançado em Junho de 2023, e é uma iniciativa da Cornelder de Moçambique (CdM), em parceria com a Associação Literária Kulemba.