Já ouviu falar em diástase abdominal? Para muitas pessoas, especialmente mulheres após a gestação, essa condição vai além da estética e pode afectar profundamente a qualidade de vida, mas também desengane-se quem pensa que os homens não são afectados, e, nestes casos, a acumulação de gordura abdominal é apontado como o principal factor de risco.
Neste artigo, vamos entender o que é a diástase abdominal, suas causas e sintomas e tramentos disponíveis, desde exercícios específicos até intervenções médicas.
A terapeuta Quentina Langa, em uma entrevista concedida à estação pública de televisão, definiu diástase abdominal como a separação dos músculos rectos do abdómen, que ocorre quando o tecido conjuntivo que os mantém unidos enfraquece, e, esse problema, é comum após a gravidez, mas também pode surgir devido ao ganho excessivo de peso, envelhecimento ou realização inadequada de exercícios físicos.
Quentina Langa, acrescentou ainda que entre os sintomas mais comuns estão a flacidez na região abdominal, a sensação de um espaço entre os músculos ao toque, dores lombares, fraqueza no core e dificuldades posturais.
O Dicionário de saúde, na pessoa do Jaime Vilaça, mencionou também a dor nas costas, uma vez que a falta de estabilidade na região abdominal pode gerar tensão na lombar.
Quentina Langa falou também da perda de força no abdómen como um sintoma importante que compromete a funcionalidade e a força dos músculos abdominais, e, afinal, são factores de risco da separação dos musculos: gravidezes sucessivas com intervalos de tempo curtos, gravidezes múltiplas, bebés muitos pesados, excesso de peso e obesidade, particularmente com ‘acumulação de gordura abdominal’ que também afecta os homens de meia-idade, em que a acumulação de gordura abdominal é frequente.
Segundo a terapeuta, o diagnóstico pode ser feito clinicamente ou por exames de imagem, cujo tratamento varia conforme a gravidade do caso, e deve ser feito de acordo com indicação médica, porque as intervenções necessárias diferem com a gravidade do problema, referindo ainda que o tratamento da diástase é mais simples e tem uma taxa de sucesso maior quando a condição é parcial e é iniciado logo no início.
Quanto mais rápido o tratamento, melhores são os resultados, especialmente em casos menos graves, em que podem ser suficientes exercícios para reforço muscular, por exemplo fisioterapia.
Nesta senda, Jaime Vilaça, em seu artigo, refere que muitas mulheres, o tratamento pode durar cerca de dois meses depois do parto, dependendo da avaliação médica; os exercícios de fortalecimento da parede abdominal são muito úteis.
No entanto, em fase mais avançada, quando as intervenções não invasivas não tiveram sucesso, ou quando a diástase tem hérnias associadas, pode ser tratada por cirurgia que, segundo escreveu, actualmente são procedimentos minimamente invasivos pelas suas inúmeras vantagens conhecidas, que, no entanto, não deixam de ser complexos.
Soares Comé