A pista do Aeroporto Internacional de Maputo ficou inundada, este sábado (9), de passageiros vindos de três destinos distintos: Joanesburgo, com o voo vindo da Turquia; Addis Abeba, com o voo da Etiópia e, por último, de Durban com o voo das linhas aéreas de Qatar com destino a Doha. No total, desembarcaram 300 passageiros e, no mesmo instante, embarcaram 350.
Era por volta das 13h30 quando aterraram os três aviões de grande porte. Chegou primeiro o avião da Ethiopia Airlines e logo depois o da Qatar Airways e a tarde ficou mais pomposa com a aterragem da Turkish Airlines.
Para José Candrinho, director operacional dos Aeroportos de Moçambique, esta tripla aterragem “mostra a capacidade que o nosso aeroporto (de Maputo) tem e a evolução do tráfico que estamos a ver nos últimos tempos.”
O destaque vai para a aeronave do Qatar Airways A350-1000, ultra e super moderna, com capacidade de acomodar confortavelmente entre 350 e 400 passageiros, com uma configuração de três classes, com 40% a mais de área para assentos de categoria premium.
O A350-1000 voa com eficiência de operações de curto a ultra-longo alcance de até 8.700 nm, a sua versatilidade é ressaltada pela capacidade da aeronave atender rotas de longo alcance conectando mercados emergentes, como Xangai-Boston ou Paris-Santiago, bem como segmentos de voo mais tradicionais como Manchester-Los Angeles ou Dubai-Melbourne.
O design da cabine da Família A350 provou ser tão bem-sucedido que redefiniu a abordagem da Airbus para o interior da cabine – levando à criação do Airspace: o conceito de cabine de última geração inspirado em quatro atributos principais: conforto, serviço, ambiente e design.
Os passageiros beneficiam-se da mais moderna experiência de voo. Com filmes sob demanda incluídos em uma variedade de recursos, para além da música diversa e jogos. Os passageiros podem divertir-se durante todo o voo, enquanto a disponibilidade de conectividade Wi-Fi garante que eles permaneçam em contacto com o mundo aos seus pés.
Com uma fuselagem sete metros mais longa do que a versão A350-900 da Airbus, o A350-1000 apresenta bordas de fuga de asa modificadas e trem de pouso principal de seis rodas maior, mantendo o design avançado da fuselagem da família A350. O A350-1000 é movido pelo grande motor aeronáutico mais eficiente do mundo, os turbofans Rolls-Royce Trent XWB-97.
Em nenhum lugar a inovação da Airbus é mais aparente do que na fuselagem do A350, que é construída com plástico reforçado com fibra de carbono e outros materiais avançados. A combinação de avanços tecnológicos que se une no A350-1000 resulta neste jato que queima 25% menos combustível do que o seu concorrente mais próximo, economizando dinheiro e reduzindo os efeitos nocivos ao meio ambiente.
Por isso, orgulha-se Candrinho, “ter esta aeronave a usar o nosso aeroporto é uma honra, é um privilégio e mostra a confiança nas nossas operações.”
“Estamos a entrar agora na quadra festiva, portanto, esperamos que o movimento de passageiros continue a crescer até o final do mês de Outubro. Já tínhamos atendido um milhão de passageiros manuseados neste aeroporto, acreditamos que até o final do ano podemos atingir cerca de um milhão e quinhentos passageiros e, assim, ultrapassamos as metas que atingimos no passado”, avança.
De acordo com a nossa fonte, para se suportar este tipo de aterragem, o aeroporto precisa ter um conjunto de condições técnicas, a mencionar, mangas de embarque funcionais, pistas em condições para estacionamento, ou seja, condições mínimas para operar.
O aeroporto tem sistemas tecnológicos e de navegação aérea em funcionamento, por isso, consegue fazer com que as aterragens de grandes aeronaves não tenham problemas. “Já existem sistemas de ajuda de navegação aérea que estão instalados e que estão em uso”, sustenta, onde, quando todos elementos conjugados, o avião faz a leitura e ganha o ângulo de descida, como aterrar e onde tocar o chão, num ângulo suave de três graus de aterragem segura.
Candrinho, no entanto, espera que apareçam mais companhias aéreas, porque, “o que nos traz mais passageiros é o aumento da frequência, quanto mais voos tivermos, maior passageiros e maior movimento teremos.”
A indústria aeronáutica funciona numa economia de escala, conjugando taxas aeronáuticas, venda de passagens aéreas, promoção da hotelaria e turismo. “Todos estaremos a ganhar, é bom para o país e o país está crescer”, concluiu a nossa fonte, em conferência de imprensa no local.
Elcídio Bila
Elcídio Bila é jornalista há 10 anos, escrevendo sobre artes e outros assuntos transversais. Tem passagens por dois órgãos de comunicação e diversos projectos de Media. Trabalha também como copywriter e Oficial de Relações Públicas em agências de comunicação. É fundador e director editorial do projecto Entre Aspas.