A prática da automedicação, ou seja, o uso de medicamentos sem orientação médica, continua sendo um problema de saúde pública em Moçambique. Apesar dos alertas constantes, muitas pessoas ainda recorrem a remédios por conta própria para aliviar sintomas, o que pode trazer sérias consequências para a saúde.

Por que a automedicação é tão perigosa?

Mascara sintomas: Ao mascarar os sintomas, a automedicação pode dificultar o diagnóstico de doenças mais graves.

Interações medicamentosas: A combinação de diferentes medicamentos sem orientação médica pode causar reacções adversas graves.

Resistência bacteriana: O uso indiscriminado de antibióticos pode levar ao desenvolvimento de bactérias resistentes, tornando o tratamento de infecções mais difícil.

Efeitos colaterais: Muitos medicamentos possuem efeitos colaterais que podem ser potencializados ou desencadeados pela automedicação.

O que dizem os especialistas?

João Silva, médico clínico geral diz que a a automedicação é um hábito perigoso que pode levar a complicações graves. “Cada organismo é único e reage de forma diferente aos medicamentos. Somente um médico pode avaliar o caso de cada paciente e indicar o tratamento adequado.”

Já Maria Santos, farmacêutica, entende que muitas pessoas acreditam que os medicamentos vendidos sem prescrição são inofensivos, mas, adverte, é um grande equívoco. “É fundamental ler a bula e, em caso de dúvidas, procurar orientação profissional”, assume.

Como evitar a automedicação?

Procure um médico: Em caso de qualquer sintoma, consulte um médico para um diagnóstico preciso e tratamento adequado.

Não compartilhe medicamentos: Cada pessoa tem necessidades diferentes, e um medicamento que fez bem para uma pessoa pode não ser adequado para outra.

Leia a receita: Antes de usar qualquer medicamento, leia atentamente a bula e siga as instruções do fabricante.

Informe-se: Busque informações sobre medicamentos em fontes confiáveis, como sites de órgãos de saúde e artigos científicos.

A automedicação é um hábito que coloca em risco a saúde da população. É fundamental que as pessoas sejam consciencializadas sobre os perigos dessa prática e busquem sempre orientação médica antes de usar qualquer medicamento.