História da Batalha de Gwaza-Muthini poderá ser contada através de um centro de interpretação

Como forma de imortalizar a rica história da batalha de Marracuene, vulgarmente conhecida como batalha de Gwaza-Muthini, o Governo da Província de Maputo pretende construir, no distrito de Marracuene, Oum centro de interpretação.

Trata-se de um empreendimento para que as futuras gerações possam conhecer, entender e interpretar melhor o que aconteceu no dia 2 de Fevereiro de 1895 naquele distrito. Esta informação foi avançada pelo director provincial da Cultura e Turismo, Ludjero Jemo, nas celebrações dos 129 anos de ‘Gwaza-Muthini’.

“Há um projecto de requalificação do monumento de Gwaza-Muthini, que vai obviamente compreender a construção do respectivo centro de interpretação, isso tudo para imortalizar e preservar a nossa história, dar valor e reconhecimento aos guerreiros do dia 2 de Fevereiro de 1895, frisou Ludjero.

Jemo disse ainda que celebrar os 129 anos da Batalha de Marracuene significa celebrar a união e coesão dos moçambicanos, a heroicidade demostrada pelos guerreiros na luta pela libertação do território nacional.

O líder comunitário, também descendente da família Madjaia, que tombaram na batalha sangrenta de Gwaza-Muthini, Dick Madjaia, afirmou que é uma tradição que a 2 de Fevereiro de cada ano, deve-se fazer uma missa em homenagem a todos que foram depositados na vala comum.

Madjaia, como forma de dissipar equívocos, disse que, afinal, o hipopótamo não é o animal para celebrar o ‘Gwaza-Muthini’, como muitos têm feito. Segundo o líder o comunitário, as cerimónias em Moçambique são feitas de carnes de galinha e cabrito e não simplesmente com animais aquáticos.

De acordo com os relatos, a batalha de Gwaza-Muthini iniciou na madrugada do dia 2 para o dia 3 de Fevereiro, nas margens do rio Incomáti, em Marracuene. Os portugueses chegaram e usaram uma formação em quadrado como barreira para o combate. Os guerreiros de Gaza lutaram bravamente, mas não conseguiram vencer. Chegaram até a desestabilizar o quadrado português por duas vezes. E todos que tombaram naquela batalha foram enterrados numa vala comum, espaço este consagrado por monumento de Gwaza-Muthiini.

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Jamilo Arlindo

Jamilo Arlindo é jornalista cultural, com experiência cumulativa em áreas como locução de rádio, apresentador de TV, Spots publicitários, Copyrighting, Voz Off e Mestre de Cerimónia. É finalista do Curso de Gestão e Estudos Culturais, pelo Instituto Superior de Artes e Cultura (ISArC).

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