A Bloco 4 Foundation realiza na próxima quarta-feira, 4 de Setembro, às 11h00, o lançamento da obra ‘Crónicas Eleitorais e Direitos Humanos em Moçambique’. A ter lugar no ONOMO Hotel, em Maputo, o livro digital reúne 10 textos seleccionados da chamada realizada durante cerca de três meses para a recepção de crónicas.
Trata-se dos textos ‘O Porco não escolhido’, de Assane Cassimo; ‘Dança democrática em Moçambique: uma sinfonia de esperança e ‘Voos eleitorais e a paisagem humana em Moçambique’, de Cantífula Castro; ‘Acorde, pois o mundo te espera’, de Daniel Sigaúque: ‘O delegado e a Lei’ e ‘Tempo da Política’, de Guilherme Mussane; ‘Eleições e Direitos Humanos em Moçambique’, de José Mulodiua; ‘A Vitória do Candidato’ e ‘Um Deus árbitro na CNE’, de Luís Massango e ‘Outubro, o mês das algemas na arte moçambicana’, de Melo Munguambe.
De acordo com Tirso Sitoe, director da Bloco 4 Foundation, a presente colectânea de crónicas eleitorais e direitos humanos faz menção a uma série de feridas governativas mal tratadas. Ou melhor, “um conjunto de afectos e remendos de um período de dez anos – ou mais – em que violações de direitos humanos se acentuam no quotidiano dos moçambicanos”.
Para o director da Bloco 4 Foundation, no seu texto de introdução ao livro, é este cronicar ou “croniprotestar” da vida que vozes se amplificam para reflectir sobre a relação Estado-população, que atinge o seu cume nos pleitos eleitorais.
A ser apresentado pelo Presidente da Rede de Jovens Defensores de Direitos Humanos, Wilker Dias, o livro ‘Crónicas Eleitorais e Direitos Humanos em Moçambique’ é lançado no âmbito do Annual Forum – Juventude(s), Direitos Humanos e Participação Política, evento que conta com dois painéis de conversa, para além da premiação da vencedora do Concurso Photo Direitos Humanos – Luísa Nhantumbo –, um momento cultural com a poeta Neide Sigaúque, entre outras actividades.
De referir que ‘Crónicas Eleitorais e Direitos Humanos em Moçambique’ é um livro organizado pela equipa da Bloco 4 Foundation, sob liderança de Tirso Sitoe, e patrocinado pela National Endowment for Democracy (NED), contando com fotografias de Luísa Nhatumbo, em exposição digital no website da organização, num contexto em que, com a corrida eleitoral, as “ordens superiores” tentam invisibilizar e apagar da memória dos moçambicanos às trágicas violações de direitos humanos protagonizadas pela polícia em espaços públicos.
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