Mulheres padecendo de cancro da mama em estado avançado e com um nível de resposta molecular aceitável poderão, desde já, beneficiar-se de uma nova linha de tratamento na Oncologia do Hospital Central de Maputo (HCM).
Trata-se de Letrozol, indicado para o tratamento adjuvante de mulheres na fase pós-menopausa e que padecem de cancro da mama e ribociclibe, para doentes com cancro do tipo hormonal positivo e HER2 negativo com presença de metástases ou localmente avançado, cuja cirurgia ou tratamento curativo não é possível.
De acordo com Satish Tulsidás, Médico e Director do Serviço de Oncologia do HCM, ao contrário da via intravenosa, subcutânea ou intramuscular, a nova linha terapêutica consiste em medicamentos administrados por via oral e sob forma de comprimidos, que actuam sobre as células tumorais, inibindo o seu crescimento ou levando à sua destruição.
A vantagem, ainda de acordo com o especialista, é que o doente não precisa permanecer no hospital para fazer o tratamento, bastando levantar determinada quantidade de comprimidos para certo período de tempo e sob controlo médico, o que lhe permite estar mais próximo do ambiente familiar e cumprir sua rotina diária.
O cancro de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células anormais na mama que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos.
Contudo, de modo dotar os profissionais de saúde sobre o diagnostico precoce realizou-se, na última sexta-feira em Maputo, uma formação destinada a estudantes de enfermagem e medicina com objectivo de capacitá-los a terem melhor entendimento sobre o cancro da mama para poder diminuir o índice de mortalidade provocada pela doença.
Fátima Saraiva, Presidente da Associação Casa Rosa, recomenda uma alimentação saudável e equilibrada, praticar actividades físicas de modo a ajudar na prevenção de várias doenças, inclusive do cancro.
O sintoma de cancro de mama mais fácil de ser percebido pela mulher é um caroço no seio, como também podem aparecer pequenos caraços em baixo do braço.
Para Dan Miller, consultor de Patologia nos Estados Unidos da América “o exame das mamas realizado pela própria mulher, apalpando os seios, ajuda no conhecimento do próprio corpo, entretanto, esse exame não substitui o exame clínico das mamas realizado por um profissional de saúde treinado. Caso a mulher observe alguma alteração deve procurar imediatamente o serviço de saúde. Mesmo que não encontre nenhuma alteração no auto-exame as mamas devem ser examinadas uma vez por ano por um profissional de saúde”.