A poetisa e mestre de cerimónias moçambicana Matilde Chabana participa, desde sexta-feira (13), em Nairobi e Naivasha (Quénia), do workshop de slam de poesia. Trata-se de um evento intitulado ‘I wrote a poem in Africa, on the slopes of ngong' hills’, que oferece a oportunidade dos participantes aprimorarem as suas habilidades de poesia e performance em um ambiente notável e rodeado pela beleza natural de Naivasha.
Com orientação especializada, os participantes ganharão competências em apresentações ao vivo, envolvimento do público e arte de evocar emoções por meio de palavras. Da poesia sonora às técnicas sensoriais, este workshop irá doptá-los de novas ferramentas para enriquecer o seu ofício.
Esta é uma oportunidade de buscar mais experiências e engajamento para as oficinas nacionais. “Espero voltar a Moçambique com uma bagagem bastante elevada e com novidades para poder capacitar melhor os slammers nacionais”, disse à Entre Aspas.
Aliás, Chabana é da opinião que esta capacitação será preponderante para o movimento slam em Moçambique porque, para muitos, o slam ainda é um sonho, mas “para nós é uma realidade, mas é um facto de que os nossos slammers precisam de apoio e eu estou cá para buscar este apoio e implementarmos no nosso país”, por isso, acrescenta, “não só vou participar da formação, como também terei sessões de produção.”
Matilde Chabana é, também, responsável pelo Departamento de Comunicação do Moz Slam – Campeonato Moçambicano de Poesia Falada, um projecto da empresa Palavra e Palavras Eventos, Lda, instituição que tem se esmerado para colocar poetas e slammers moçambicanos na rota dos maiores eventos internacionais de poesia.
Refira-se que esta participação de Matilde Chabana vai até domingo (16) e acontece à convite do presidente da World Poetry Slam Organization, Philip Meersman, em parceria com a produtora Cre8ive Spills, do Quénia e é patrocinada pelo espaço cultural 16Neto e pela Cooperação Suiça, no âmbito da Bolsa de Mobilidade Criativa para artistas emergentes.
Elcídio Bila
Elcídio Bila é jornalista há 10 anos, escrevendo sobre artes e outros assuntos transversais. Tem passagens por dois órgãos de comunicação e diversos projectos de Media. Trabalha também como copywriter e Oficial de Relações Públicas em agências de comunicação. É fundador e director editorial da Entre Aspas.