A China deu um passo gigante na corrida tecnológica global, desenvolvendo um sistema inovador para resfriar veículos hipersónicos, pegando os Estados Unidos de surpresa. Essa nova tecnologia permite que aeronaves supersónicas mantenham seus sistemas funcionando em temperaturas extremas, um desafio que tem desafiado cientistas do mundo todo.

A pesquisa, liderada por cientistas chineses e publicada em uma revista científica especializada, revela um dispositivo capaz de operar por até duas horas e meia, tempo suficiente para uma viagem ao redor do mundo. Segundo o portal de notícias South China Mornig Post, essa descoberta coloca a China à frente dos Estados Unidos e da Rússia na corrida para dominar a tecnologia hipersônica, que promete revolucionar a forma como as nações conduzem guerras e exploram o espaço.

Veículos hipersónicos são aeronaves capazes de viajar a velocidades superiores a cinco vezes a velocidade do som. Essa velocidade extrema gera calor intenso, que pode danificar os sistemas eletrônicos e a estrutura da aeronave. Por isso, desenvolver sistemas de resfriamento eficientes é fundamental para o sucesso dessa tecnologia.

A nova tecnologia chinesa é considerada um grande avanço porque oferece uma solução simples e eficaz para um problema complexo. O dispositivo utiliza a própria energia térmica gerada pelo atrito com o ar para impulsionar o sistema de resfriamento, o que o torna mais eficiente e confiável.

Além disso, o sistema é reutilizável e de baixo custo, o que o torna atraente para aplicações militares e civis. A China já desenvolveu mísseis hipersónicos e está trabalhando em aeronaves tripuladas capazes de realizar voos globais.

Sim, ainda segundo o South China Morning Post, os Estados Unidos reconhecem que estão atrás da China na área de armas hipersónicas. Uma investigação do Congresso americano concluiu que sistemas de resfriamento inadequados são um dos principais obstáculos para o desenvolvimento de mísseis hipersónicos americanos.

A descoberta chinesa coloca ainda mais pressão sobre os Estados Unidos para acelerar seus próprios programas de pesquisa e desenvolvimento. A tecnologia hipersónica tem o potencial de alterar o equilíbrio de poder global e a China está investindo pesadamente para se tornar líder nessa área.

O avanço da China é um marco importante na corrida global para desenvolver capacidades hipersónicas. Enquanto a China já revelou o míssil planador hipersónico DF-17 e está testando novas armas com alta velocidade e alcance global, os Estados Unidos enfrentam dificuldades para desenvolver sistemas de resfriamento adequados para seus próprios projectos hipersónicos.

Um relatório recente do Congresso dos EUA identificou a inadequação dos sistemas de resfriamento como um factor crucial que impede o progresso dos Estados Unidos em armas hipersónicas. A inovação chinesa destaca a necessidade urgente de melhorias tecnológicas para enfrentar as novas ameaças e desafios impostos por essas armas avançadas.