Conflito homem e fauna bravia: Moçambique regista mais de 160 perdas humanas

Moçambique registou um total de 168 casos de perda de vidas humanas e destruição de 955 hectares de culturas diversas entre 2019 e 2022, devido a ocorrência de casos de conflito homem e fauna bravia dentro e arredores das áreas de conservação nacionais.

Os dados foram revelados pela Ministra da Terra e Ambiente, Ivete Maibaze, na abertura da Reunião Nacional sobre o Conflito Homem e Fauna Bravia, que teve lugar este sábado (8), em Maputo, sob o lema “Comunidades locais, convivendo de forma pacífica e harmoniosa com a fauna bravia”.

“A nossa preocupação prende-se com o facto de nos 45 distritos em causa, ter se registado, de 2019 a 2022, cerca de 168 casos de perda de vidas humanas e destruição de 955 hectares de culturas diversas, de entre elas Milho, Gergelim, Mexoeira, Hortícolas; cujas espécies mais problemáticas são: Elefante (Maputo, Manica, Sofala, Nampula e Niassa), Crocodilo (Tete, Sofala e Manica), Hipopótamo (Sofala e Tete), Hiena (Maputo e Gaza) e Búfalo (Maputo, Gaza e Sofala)”, revelou Ivete Maibaze.

As novas ocupações de áreas resultantes do crescimento acelerado da população humana, a ocupação de corredores de migração de animais, as ocupações das baixas dos rios para a prática de agricultura são apontadas como alguns dos factores que estão na origem do conflito entre a população e os animais selvagens.

A reunião serviu também para a troca de experiências entre os gestores das áreas de conservação nacionais e dos países convidados, nomeadamente, África do Sul, Zâmbia e Zimbabwe, com vista a aprimorar os mecanismos de coordenação intersectorial para a implementação efectiva da Estratégia de Gestão do Conflito e garantir que a coexistência entre o Homem e Fauna Bravia seja efectivamente pacífica.

O Governo reconhece os progressos alcançados, através de uma abordagem estratégica da problemática do conflito, que inclui a colocação de colares de monitoramento via satélite para o controlo dos movimentos dos animais, afugentamento, translocações, reforço de vedação, abate de animais problemáticos, sensibilização comunitária e formação de técnicos em mecanismos de mitigação dos impactos que possam resultar desta coexistência.

Paralelamente a estas medidas, tem estado a promover uma convivência positiva entre a fauna bravia e as comunidades, através de iniciativas de personalização de espécies, com atribuição de nomes aos animais selvagens, nomeadamente, os elefantes Mr. President e Gentleman, o rinoceronte Princess Innocent e muito recentemnete o búfalo Reconciliation.

A Reunião Nacional sobre o Conflito Homem – Fauna Bravia acontece poucos dias depois da Celebração do Jubileu dos Parques Nacionais de Banhine e do Zinave que decorreu a 26 de Junho no Zinave, e do VII Congresso Internacional de Educação Ambiental dos Países e Comunidades de Língua Portuguesa, ambos eventos dirigidos pelo Presidente da República de Moçambique e Dr. Honoris Causa em Conservação da Biodiversidade e Mudanças Climáticas, Filipe Jacinto Nyusi.

“Nas duas ocasiões, o Chefe de Estado afirmou que, em Moçambique, temos estado a promover uma convivência positiva entre a fauna bravia e as comunidades, através de iniciativas de personalização de espécies, fazendo menção à atribuição de nomes aos animais selvagens, nomeadamente, os elefantes Mr. President e Gentleman, o rinoceronte Princess Innocent e o búfalo Reconciliation”, disse Ivete Maibaze, Ministra da Terra e Ambiente.

Dos 154 distritos que Moçambique possui, 45 são considerados críticos em termos de ocorrência de Conflito Homem-Fauna Bravia.

Participaram na Reunião sobre o Conflito Homem e Fauna Bravia diferentes actores nomeadamente: Quadros séniores do Ministério da Terra e Ambiente, Administradores de Parques e Reservas Nacionais, Directores Provinciais de Desenvolvimento Territorial e Ambiente (DPDTA), Directores de Serviços Provinciais de Ambiente, Parceiros de Cooperação, Sector Privado, ONGs, Gestores das Áreas de Conservação Transfronteiriça que que partilharam experiências na gestão e mitigação de conflito Homem e Fauna Bravia, líderes Comunitários das zonas tampão das áreas de conservação.

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