Entre os dias 21 e 26 Outubro, Maputo será palco de um dos eventos mais esperados no cenário cultural moçambicano – a Semana da Dança. Este evento, que reúne artistas, coreógrafos e amantes da arte performativa, acontecerá em espaços icónicos como o Centro Cultural Franco-Moçambicano, a Casa Velha, o Cine-Teatro Scala e o bairro da Polana Caniço.

Nesta edição, a curadoria está nas mãos de dois grandes nomes da dança e performances contemporâneos: Ídio Chichava e Silvana Pombal. Ambos conhecidos por suas abordagens inovadoras e colaborativas, prometem transformar a dança em uma experiência imersiva, indo além dos limites tradicionais do palco para explorar novas formas de expressão e introspecção.

Idio Chichava é um coreógrafo e bailarino moçambicano que iniciou sua carreira em 2000. Ele estudou com importantes coreógrafos como Lia Rodrigues e George Khumalo, participando de várias oficinas internacionais. Chichava fez parte de companhias renomadas, como a Kubilai Khan Investigations, na França, onde trabalhou por muitos anos. Ele é director artístico da Companhia de Dança Converge+ e colabora com o Festival Internacional de Dança Contemporânea KINANI, em Maputo.

Já Silvana Pombal é uma actriz e produtora cultural moçambicana, que começou a sua carreira no teatro, em 2015, trabalhando com grupos em Maputo, incluindo a companhia Mutumbela Gogo. Em 2020, durante a pandemia, fez a sua estreia na televisão, participando da série “Aquele Papo” e no filme “Nhinguitimo” como Nteasse. A artista também actua como assistente de produção na plataforma internacional de dança contemporânea KINANI e está concluindo a sua licenciatura em Teatro na Universidade Eduardo Mondlane.

De recordar que a história da dança reflecte a evolução das culturas e sociedades ao longo do tempo. Inicialmente, a dança era uma forma de expressão utilizada em rituais, celebrações e comunicação, com movimentos baseados nas necessidades cotidianas.

Com o tempo, a dança passou a ser integrada em cerimónias religiosas e festivais públicos, ganhando destaque nas cortes europeias, onde se tornou uma habilidade social necessária entre as elites. O balé começou a se formalizar, especialmente na França, onde foi criado o primeiro balé estruturado e uma escola dedicada à sua prática.

O balé romântico emergiu como uma forma de arte que explorava temas sobrenaturais e trágicos, com inovações como a dança nas pontas dos pés. No século XX, a dança moderna surgiu, desafiando as convenções do balé clássico e promovendo a liberdade de expressão. Movimentos populares, como jazz, sapateado e hip-hop, também ganharam destaque, refletindo as mudanças sociais.

Já a dança contemporânea, caracterizada pela experimentação e fusão de estilos, enfatiza a expressão individual e a quebra de estruturas rígidas. Assim, a dança sempre foi uma parte fundamental da cultura humana, evoluindo de práticas rituais para uma forma de arte diversificada.

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Denise Fato

Denise Fato é uma estudante de Relações Públicas pela Escola Superior de Jornalismo. Apaixonada pela arte de escrita e todos os ramos da comunicação. É idealista e criativa. É jornalista na revista Entre Aspas, concentrando-se em assuntos ligados a Tecnologia e Inovação.

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