Festival Marrabenta e o tributo aos Galtons. ‘Moçambique-China’ é o primeiro palco

Arranca hoje (1), o maior evento da música popular urbana moçambicana. A contar para a sua 17ª. edição, o Festival Marrabenta irá proporcionar, durante três dias consecutivos, momentos de diversão e de coesão social, juntando todas as faixas etárias do nosso país e de países vizinhos, apreciadores deste ritmo identitário de Moçambique.

A presente edição prestará tributo ao grupo Os Galtons, em reconhecimento à sua carreira musical e contributo às artes e cultura no país. A banda fundada em 1963 será distinguida com o Prémio António Fonseca, recém-criado pela curadoria deste que é um dos maiores festivais de música do país.

Os Galtons, banda histórica, que fez sucesso ao longo dos anos e marcou gerações com músicas como “Juro palavra de honra vou morrer assim”, “Papaiane”, “Albertina”, “Ulava Ni Ti sunga”, entre outras. É um colectivo que contou com vários nomes, destacando António Marcos (voz e guitarra), Aurélio Mondlane (voz e guitarra), Mário Macamo e Miguel Dimande (bateria), Abilio Mandlaze, Ernesto Francisco Zevo ou simplesmente Ximanganine, Américo Mavue, Pedro Tchau e Cezar Sitoe.

O grupo Galtons é o primeiro a beneficiar do Prémio António Fonseca, um tributo que anualmente será feito a uma banda ou indivíduos das artes que se destaquem pelo seu trabalho, tanto pela criatividade ao longo da carreira. A atribuição deste galardão deve-se ao facto do seu patrono ter sido uma figura incansável no registo, conservação e promoção da música moçambicana, em especial à marrabenta.

A XVII edição do Festival Marrabenta terá lugar na cidade de Maputo e vila de Marracuene, com destaque para o Centro Cultural Moçambique – China, amanhã, contando com a participação de artistas como Galtons, Guerreiros de Muthini, Mabermuda, Marlene, Júlia Mwito e Irmão Mbalua.

No dia seguinte (2), no Monumento Gwaza-Muthini, com actuações de grandes vozes e ícones da música moçambicana como Wazimbo, Mário Ntimana, António Marcos, Mc Roger, Dj Ardiles, Marlene, The Hood Brods e Thobile Makhoyane.

E para o último dia (3), está reservado uma visita ao museu dos CFM, e sua partida ao Monumento Gwaza-Muthini, Marracuene, numa viagem de comboio que vai culminar com mega-concerto a encerrar o festival. Nesta festa, aguardam-se vozes de Hélio Beatz, Galtons, Nelson e Tânia Chongo, Rosália Mboa, Salimo Mohamed, Banda Kakana, Bruno Akani, Mabermuda, Dj Damost entre outros.

Importa referir que ao longo dos 17 anos de sua existência, o Festival Marrabenta narra, retrata, divulga e preserva histórias sobre a (nossa) Marrabenta.

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Jamilo Arlindo

Jamilo Arlindo é jornalista cultural, com experiência cumulativa em áreas como locução de rádio, apresentador de TV, Spots publicitários, Copyrighting, Voz Off e Mestre de Cerimónia. É finalista do Curso de Gestão e Estudos Culturais, pelo Instituto Superior de Artes e Cultura (ISArC).

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