Encerra, hoje, no Museu Mafalala, o Festival Internacional de Curtas-Metragens de Clermont-Ferrand, um dos mais importantes eventos mundiais dedicados ao cinema de curta-metragem.
Pela manhã, vai decorrer a ‘Oficina sobre Educação para a Imagem’, onde irá se apresentar a metodologia e ferramentas do Festival de Clermont-Ferrand para a educação à imagem, com foco na adaptação desses recursos à realidade educativa moçambicana.
Os participantes – entre estudantes do Instituto Superior de Artes e Cultura (ISArC), equipa do KUGOMA, professores e mediadores – experimentarão exercícios práticos para fomentar a análise crítica dos filmes.
Já no período da tarde, haverá uma ‘Jornada de Trabalho sobre Agência do Curta-Metragem e Valorização Patrimonial’. É uma sessão focada na experiência do Festival de Clermont-Ferrand na gestão de um centro de documentação/cinemateca, na actuação da Agência Francesa do Curta-Metragem na preservação e difusão do património audiovisual, e na apresentação do projecto “Cité du Court”. O encontro permitirá refinar as necessidades do projecto moçambicano, em colaboração com Diana Manhiça, Presidente da Associação Amigos do Museu do Cinema de Moçambique.
Integrado no projecto Films on Campus – Moçambique, organizado pelo Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM) com o apoio do Institut Français d’Afrique du Sud (IFAS), o evento que iniciou no dia 8 de teve uma programação diversificada, com exibições de curtas-metragens, oficinas formativas, debates e encontros profissionais, com a presença de Grégoire Rouchit, programador do Festival de Clermont-Ferrand.
A sessão especial decorreu precisamente na terça-feira (8), no Auditório do CCFM com uma mostra especial de curtas-metragens lusófonas, incluindo um filme moçambicano do catálogo do festival.
Já no dia seguinte, quarta-feira, o dia foi dedicado a oficinas Profissionais, primeiro com a apresentação do Festival de Clermont-Ferrand, onde houve a introdução à história e actividades do festival, abordando ferramentas como Shortfilmdepot e Shortfilmwire, bem como o mercado do curta-metragem. A sessão serviu ainda para explicar os mecanismos de distribuição e programação, destacando as oportunidades de integração em redes internacionais.
Já na parte da tarde, decorreu a ‘Oficina de Programação de Curtas-Metragens’, em que os participantes aprenderam a construir programas adaptados a diferentes públicos e estruturas. A oficina abordou o desenvolvimento de competências em curadoria, o uso das ferramentas do festival e promoveu o intercâmbio entre agentes locais e Grégoire Rouchit.
Esta iniciativa, acrescenta o comunicado enviado a Entre Aspas, representa um marco para a promoção da sétima arte em Moçambique e para o fortalecimento das ligações com o circuito cinematográfico internacional.
O Festival Internacional de Curtas-Metragens de Clermont-Ferrand é uma referência mundial para o cinema independente, revelando novos talentos e promovendo um olhar crítico sobre a sociedade através da arte cinematográfica. A sua vinda a Moçambique é uma oportunidade única para cineastas e o público em geral descobrirem obras inovadoras e fortalecerem laços com o cenário internacional do cinema.