O consagrado coreógrafo, bailarino e professor moçambicano Ídio Chichava recebeu na passada quarta-feira (27), o prémio conquistado na primeira edição do Salavisa European Dance Award (SEDA), na Fundação Gulbenkian, em Lisboa, Portugal.

O prémio é avaliado no valor de 150 mil euros (cerca de 10 milhões de meticais), que serão divididos com a artista anglo-ruandesa Dorothée Munyaneza, que também venceu a disputa, anunciou a Fundação Calouste Gulbenkian.

Segundo a organização, o prémio conquistado por Ídio Chichava distingue artistas de todo o mundo com talento ou qualidades especiais que mereçam ultrapassar as suas fronteiras nacionais, visando apoiá-los na projecção internacional.

Os vencedores desta edição foram escolhidos entre cinco finalistas por um júri independente composto pela coreógrafa dinamarquesa Mette Ingvartsen, curadora e directora artística do Festival Panorama Nayse López e pelo dramaturgo e curador Fu Kuen Tang.

O júri destacou o trabalho de Chichava como “uma afirmação poderosa da energia colectiva e do desejo de criar e coexistir”.

Em entrevista à Lusa, o artista afirmou que o prémio conquistado por ele vai colocar Moçambique no mapa da dança.

“De certa forma, este prémio vai dar holofotes, e colocar outra vez Moçambique no mapa da dança, iluminar a forma como pensamos esta arte, ajudar a fortalecer as nossas batalhas quotidianas como artistas coreógrafos”.

Para além dos 150 mil euros recebidos, Chichava e Munyaneza terão a oportunidade de apresentar os seus trabalhos nos palcos das seis instituições parceiras do galardão, que incluem o ImPulsTanz – Vienna Internacional Dance Festival, o KVS-Royal Flemish Theatre (Bélgica), o Dansehallerne (Dinamarca), a Maison de la Danse/Biennale de la Danse (França), a Joint Adventures (Alemanha) e o Sadler´s Wells (Reino Unido).

Ídio Chichava fez carreira em França e regressou a Moçambique, onde se tornou director artístico da Companhia Converge+, que promove o ensino gratuito da dança junto de comunidades locais, e tem investido em produções multidisciplinares e criações colaborativas.

Concorriam para o SEDA 2024 mais três artistas, a morroquina Bouchra Ouizguen, a portuguesa Catarina Miranda e a franco-argelina Dania Belaza.

O Salavisa European Dance Award foi criado em 2023, em homenagem ao bailarino e director artístico português Jorge Salavisa, sendo atribuído de dois em dois anos a artistas que ainda não alcançaram grande visibilidade no circuito europeu.

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Raquieta Raso

Raquieta Raso, tenho 22 anos de idade, estudante de Jornalismo, 4.º ano na Escola de Comunicacao e Artes da Universidade Eduardo Mondlane. Sou apaixonada pelo audiovisual, e tenho excelentes habilidades como operadora de câmara e editora de vídeos. Actualmente, sou Jornalista estagiária na Entre Aspas e escrevo nas categorias de Cultura & Artes e Lifestyle & Bem-estar.

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