Há boas notícias quando o assunto é segurança cibernética. Moçambique melhorou a sua classificação nos cinco pilares em relação às edições anteriores do Índice Global de Segurança Cibernética 2024, publicados pela União Internacional de Telecomunicações (ITU) em Setembro último.
Num total de 100, o país obteve 66 pontos, sendo que a maior subida foi nos pilares de Medidas Organizacionais e Cooperação, no entanto, o relatório mostra claramente que o país deve prestar maior atenção para melhorar os pilares de Desenvolvimento de Capacidades, Medidas Técnicas e Medidas do Quadro Legal.
Esta informação foi partilhada recentemente pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, através de um comunicado a pretexto da celebração do Mês de Consciencialização em Segurança Cibernética, o mês de Outubro.
Para Daniel Nivagara, a segurança cibernética é uma responsabilidade partilhada entre o Governo, empresas, instituições públicas e privadas, e a sociedade civil. Pelo que, “exortamos a todo cidadão para que seja proactivo na adopção de boas práticas de segurança cibernética, mantendo-se informado e vigilante contra ameaças, concretamente aos ataques de phishing, malware e violações de privacidade e abusos online a crianças.”
Por melhorar, o governante destaca a componente relativa ao desenvolvimento de competências, sensibilização e os papéis dos sectores afins, como a educação (subsistema do ensino superior), sector privado no desenvolvimento da indústria de segurança cibernética e do regulador, na promoção do desenvolvimento da indústria nacional de segurança cibernética.
Nivagara, em sua comunicação, exorta aos reguladores dos sectores económicos para com maior brevidade estabelecerem as respectivas Equipas de Resposta à Incidentes de Segurança Cibernética Sectorias (CSIRTs Sectoriais) e, aos Serviços Provinciais de Assuntos Sociais para estabelecerem as CSIRTs Provinciais. “A criação e operacionalização destas CSIRTs são fundamentais para coordenar e melhorar a capacidade de detecção e resposta à incidentes cibernéticos”, enfatiza.
O ministro exorta ainda aos dirigentes das Instituições do Ensino Superior para promoverem campanhas de sensibilização nas suas comunidades académica e científica, com vista a melhorar os níveis de conhecimento dos membros das comunidades académica e científica sobre comportamento positivo na Internet e nas redes sociais em particular.
Exorta, também e com particular atenção, às entidades responsáveis pela gestão de infra-estruturas críticas que adoptem medidas proactivas para estabelecerem as respectivas CSIRTs institucionais e realizarem campanhas de sensibilização em parceria com as entidades nacionais especializadas em matérias de segurança cibernética em celebração do Mês de Segurança Cibernética.
“A protecção das nossas infra-estruturas críticas é vital para o funcionamento ininterrupto dos serviços essenciais à sociedade e à economia do nosso país”, conclui.
Elcídio Bila
Elcídio Bila é jornalista há 10 anos, escrevendo sobre artes e outros assuntos transversais. Tem passagens por dois órgãos de comunicação e diversos projectos de Media. Trabalha também como copywriter e Oficial de Relações Públicas em agências de comunicação. É fundador e director editorial do projecto Entre Aspas.