Prémio Nacional de Literatura Infanto-juvenil anuncia cinco obras finalistas

Os membros do júri do da 2ª. edição do Prémio Nacional de Literatura Infanto-juvenil anunciaram, na sexta-feira (31), as cinco obras literárias finalistas do concurso instituído pela Associação Kulemba. De forma aleatória, trata-se de ‘A breve história do livro que gostaria de ser escrito’, de Celso C. Cossa, ‘O camaleão que tinha desaprendido de mudar de cor’, de Pedro Pereira Lopes, ‘O desamparo das flores’, de Miguel Luís, ‘Quando a Marta aprendeu a pedalar’, de Eliana N՛Zualo, e ‘O Kaio e o cão Panda’, de Patrícia Vasco.

Segundo o júri, constituído por Carlos dos Santos (presidente), Alberto da Barca e Benjamim Pedro João, os cinco livros seleccionados são os que mais se aproximam do conjunto de critérios desejáveis, aqueles que delineiam uma obra de eleição, a ponto de justificar a atribuição de um Prémio.

Mais adiante, o júri garante que “usou os critérios que identificam uma obra de eleição a nível internacional, de forma a contribuir para colocar a literatura moçambicana neste patamar, e não um conjunto menor de critérios, apenas para garantir a atribuição de um prémio a uma de entre as obras concorrentes, mesmo que nenhuma delas reunisse os critérios necessários para ser premiada”.

Nos próximos dias, os membros do júri voltarão a reunir para apurar o grande vencedor, que será anunciado durante a sétima edição do Festival do Livro Infanto-juvenil da Kulemba (FLIK 2024), entre 12 e 15 de Junho, na cidade da Beira.

Sobre as obras finalistas

A obra ‘A breve história do livro que gostaria de ser escrito’ é uma história sobre um livro que narra suas interacções com João e Maria, duas crianças que frequentemente brincam com ele: João, o menino travesso, e Maria, a menina que finge ler. Com um toque de melancolia, o livro reflecte sobre sua existência solitária e seu desejo profundo de ser escrito.

O livro ‘O camaleão que tinha desaprendido de mudar de cor’, por sua vez, é uma história que conta a tristeza do camaleão que, por desmatação, deixou de mudar de cor. O camaleão só voltou a mudar de cores quando os homens deixaram de cortar árvores e passaram a cuidar melhor da floresta.

‘O desamparo das flores’ é um livro que alterna duas perspectivas, a de Carlitos, vítima de rapto por parte de uma quadrilha de malfeitores, e a do seu irmão mais novo, que narra o desaparecimento do irmão, seu companheiro de brincadeiras, que vive o drama da ignorância e da impotência perante o desaparecimento súbito do irmão.

Na obra ‘Quando a Marta aprendeu a pedalar’ conta-se a história da Marta, que ganhou uma bicicleta de presente. Marta nunca quis pedalar a bicicleta porque tinha medo de a estragar e de se ferir, mas no final de tudo acabou por aprender a pedalar.

‘O Kaio e o cão Panda’, para terminar, é um livro que conta a história do Kaio, um menino de três anos de idade, que tinha o sonho de viajar pelo espaço. Pela pouca idade, foi encorajado, pela mãe, a dedicar-se aos estudos, para que, quando atingisse a idade certa, pudesse tornar-se um grande astronauta.

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