O escritor moçambicano Léo Cote regressa aos lançamentos com a obra “Instalação do corpo”. A colectânea de poesia será apresentada esta quinta-feira (29), às 17h30, no Camões – Centro Cultural Português, em Maputo.
Léo Cote é um escritor multidisciplinar. Escreve poesia, ensaios e publicou um romance. Autor de quatro livros de poesia, em “Instalação do Corpo”, que sucede “Campo de Areia” (2019), Cote confessa-se em textos médios e longos, com versos circunspectos, explorando o corpo, a paixão, a poesia e a “Ilha” (Muhipiti), com uma intensidade que ecoa as influências de Rui Knopfli, Luís Carlos Patraquim, Virgílio de Lemos ou, ainda, Sangare Okapi.
“Instalação do Corpo” tem cerca de 100 páginas e é composto por três cadernos, “Mitografia”, “O ciclo da Ilha” e “A geografia do afecto”, respectivamente. Para o editor da Gala-Gala, Pedro Pereira Lopes, “Cote, autor de reconhecida obra, evidencia-se, com este livro maduro, lírico, narrativo e introspectivo, como uma das vozes mais densas e originais da poesia moçambicana pós-Charrua”.
A obra será apresentada pelo jornalista e crítico literário Américo Pacule e integra a colecção Biblioteca de Poesia Rui de Noronha da Gala Gala edições. O evento é aberto ao público.
Léo Sidónio de Jesus Cote nasceu em 1981, em Maputo. Frequentou o curso de Linguística e Literatura na Faculdade de Letras e Ciências Sociais da Universidade Eduardo Mondlane. Foi professor primário e secundário. Actualmente actua como revisor linguístico. Fez parte do projecto JOAC (Jovens e Amigos da Cultura), entre 2003 a 2004. Em 2004 faz-se membro co-fundador do grupo Arrabenta Xithokozelo, que passou a animar as noites de poesia e música no Modaskavalu (Teatro Avenida). Publicou os livros de poesia “Carto Poemas de Sol a Sal” (2012), “Poesia Total” (2013), Prémio Literário 10 de Novembro do Concelho Municipal Maputo 2012, “Campo de Areia” (2019), “Eroticus: onze poemas e uma quadra sobre medida” (2020) e o romance “Eva” (2021).