Decorre, desde segunda-feira (3), em Riccione, Itália, o Festival de Fundraising, evento que reúne diversos especialistas em angariação de fundos de (quase) todo o mundo.
O festival de três dias, para além de exibir a excelência em termos de organização, mostrou-nos o rosto mais feliz em assuntos ambientais, ao trazer um conceito diferenciado para as sessões fora da sala, permitindo que caso as salas estejam lotadas, através de telas gigantes, no exterior, seja possível acompanhar as sessões.
O que nos surpreende nisso é o facto dos assentos serem feitos à base de papelão e exibirem um design igual a um assento convencional, para além de assegurar conforto e segurança. Quem se senta nas cadeiras de papelão não se percebe do seu revestimento, pois parece uma cadeira normal, com braços e encosto.
É um trabalho feito minuciosamente, com os cortes afinados ao mínimo detalhe, sublinhando o esforço em garantir a estética e a beleza das cadeiras. Trata-se de um labor criativo singular, com a parte traseira permitindo que se carregue com a mão sem se correr o risco de destruir o material.
Para além das cadeiras, a feira, com cerca de 40 instituições, apresenta mesas de papelão, onde estão todas as informações relevantes: revistas, catálogos, cartões de visita, brindes para os participantes, entre outros.
Falando em brindes, cada participante, à entrada, tinha direito de um folheto recortado com o número referente a stand de cada empresa, onde, ao apresentar o logotipo, podia ganhar um presente, desde bebedouros, stickers, café, doces, blocos de nota e esferográficas, e muito mais.
Para além das mesas que permitem colocar material infográfico das instituições que participam no Festival de Fundraising, existem uma espécie de púlpitos (mesas altas) com gavetas traseiras que conservam outra parte do material, caso a mesa esteja lotada.
Não é só para isto que o papelão serve no Palácio de Conferências de Riccione, este material reaproveitado é usado também como estrutura de banners das empresas em exposição, com detalhes singulares que evidenciam o cruzamento entre a arte e meio ambiente.
Aliás, este compromisso com o meio ambiente, através da reciclagem, responde o maior desiderato deste festival: o futuro sustentável.
Elcídio Bila
Elcídio Bila é jornalista há 10 anos, escrevendo sobre artes e outros assuntos transversais. Tem passagens por dois órgãos de comunicação e diversos projectos de Media. Trabalha também como copywriter e Oficial de Relações Públicas em agências de comunicação. É fundador e director editorial da Entre Aspas.