Jessemusse Cacinda é um dos ‘Textemunhos’ no Museu de Lamego em Portugal

O autor moçambicano Jessemusse Cacinda participa, nesta sexta-feira (13), no Festival Literário Textemunhos, no Museu de Lamego, em Portugal.

Cacinda encerra o segundo dia do festival, com a conversa agendada para as 22h00, com a escritora Isabela Figueiredo (autora de Cadernos Coloniais). Este momento recebeu por título ‘Literatura – Memória e Imaginação em conspiração’.

Entretanto, o festival arranca dia 12, pelas 18h00, com a inauguração da exposição Melancolia Tropical ou A Ilha que perdeu o Equador, de Daniel Blaufuks, seguida de conversa com o autor e João Pedro Fonseca, artista visual multidisciplinar, que já trabalhou em teatro, ópera e dança. O programa prossegue à noite, no Centro de Tropas e Operações Especiais, onde, às 21h30, vai ser exibido o filme Os Imortais, de António-Pedro Vasconcelos.

Sexta-feira, dia 13, pelas 10h00, começa com uma sessão destinada aos alunos do Ensino Básico, protagonizada pela escritora são-tomense Olinda Beja, trazendo o imaginário e as histórias de paragens distantes. Às 11h30, António Alberto Alves, o livreiro da Traga-Mundos (que este ano é a livraria responsável pela Feira do Livro que acompanha o festival), protagoniza a sessão seguinte (destinada aos alunos do Ensino Secundário), contando-nos as suas aventuras no âmbito da promoção e dinamização da “Língua e Cultura Portuguesas na Guiné-Bissau”, revivendo a Bankada Andorinha, iniciativa que coordenou neste país.

Às 15h30, teremos uma conversa em torno do documentário Sala Colonial, realizado por Catarina Simão, que estará à conversa com José Roseira, figura ligada às letras e às artes. Filme e exposição, “Não visitem a Sala Colonial” serão apresentados no Museu de Lamego, em 2024. Este momento do festival é complementado com ‘O amor em tempo Colonial’, uma leitura de textos pelo actor João Pereira e pela professora universitária Maria Cláudia Henriques, contextualizados por esta docente.

Às 17h00, Manuela Cantinho (directora da Sociedade de Geografia de Lisboa) e a escritora Raquel Ochoa protagonizam a conversa Partir Incerto, Voltar Outro.

Às 18h30, a poeta e académica Raquel Lima (que, actualmente, desenvolve investigação sobre oratura, escravatura e movimentos afro diaspóricos) junta-se a Olinda Beja e trazem-nos Histórias Herdadas Pela Seiva. Seguir-se-á uma performance de Raquel Lima, designada Asas Com Raízes, pelas 21h30.

Sábado (14), pelas 11h00, será uma manhã ocupada por “Raízes”, um workshop de expressão corporal, pelo coreógrafo Roberto Sabença, destinado a um público heterogéneo, de todas as idades.

Da parte da tarde, pelas 16h30, o programa inicia com dança, ‘Herança Colonial’, uma narrativa visual e emocional que utiliza movimentos corporais para transmitir mensagens e emoções, encenada por Roberto Sabença e protagonizado pelos seus alunos.

Pelas 17h00, o angolano Zetho Cunha Gonçalves, poeta, estudioso da poesia e da literatura africanas, autor de vários e antologias (de poesia e para a infância), junta-se ao escritor e jornalista angolano Gociante Patissa para dar voz à penúltima conversa, Língua Tentacular.

Pelas 18h00, Álvaro Laborinho Lúcio, romancista e antigo Ministro da Justiça, junta-se a Luís Filipe Castro Mendes, poeta, diplomata e igualmente antigo Ministro, com a pasta da Cultura, para a sessão ‘Pela Palavra Partilhamos’.

Pelas 19h30, o festival encerra com o concerto ‘Sons em Viagem’, de Reinis Jaunais, músico e compositor nómada, natural da Letónia.

Portanto, a 2.ª edição do Festival Literário Textemunhos apresenta um cartaz que aposta na diversificação e internacionalização do painel de convidados, para um diálogo, que se pretende alargado a outros domínios de expressão artística, entre Museu e Literatura.

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