Como denunciar as violações dos direitos humanos, mas também proteger-se enquanto jornalista. Esta foi uma das questões levantadas durante a primeira edição do “Entre Aspas Talks”, evento realizado recentemente na Escola Superior de Jornalismo (ESJ), em Maputo.

“Entre Aspas Talks” contou com a presença do antropólogo e jornalista-activista Josué Bila e o jornalista investigativo Luís Nhachote, que estiveram a discutir o tema “Jornalismo e Direitos Humanos: O papel dos jornalistas na denúncia dos Direitos Humanos em Moçambique”.

Josué Bila destacou que se Moçambique seguisse o exemplo de países onde os quatro poderes funcionam de forma independente, o jornalismo, entendido como o ‘quarto poder’, teria o seu verdadeiro poder.

“Um jornalista, por exemplo, pode fazer grandes denúncias sobre várias violações de narcotráfico, de seres humanos, mas se aqueles que praticam esses males na sociedade não forem devidamente julgados e condenados essa sociedade não vai ter avanço”, afirmou Bila, acrescentando que Moçambique precisa melhorar um pouco os três poderes para que o quarto poder seja efectivamente um poder.

Luís Nhachote, por sua vez, destacou que os quatro poderes nao funcionam pela existência da impunidade e mostrou-se confiante e esperançoso com a emergência de novos jornalistas, fruto de formação superior, o que antigamente, quando começou a sua carreira, não existia.

“Faço parte de uma geração que aprendeu jornalismo fazendo dentro de uma redação. Eu acho que os estudantes precisam melhor capacitarem-se”, ressalva Nhachote.

Josué Bila é um antropólogo e jornalista-activista dos direitos humanos. Actualmente, é doutorando em Direitos Humanos nas Sociedades Contemporâneas pela Universidade de Coimbra. Já Luís Nhachote é um premiado jornalista de investigação, que colabora em alguns meios de comunicação internacionais como o Mail & Guardian. Em 2019, forneceu formação a jornalistas do Sindicato Nacional de Jornalistas. É também coordenador executivo do Centro de Jornalismo Investigativo (CJI) de que é membro fundador.

De recordar que “Entre Aspas Talks” é um espaço que conflui ideias e reflexões sobre jornalismo transversal e a sua intersecção com outras áreas. É um segmento que pertence a Entre Aspas, uma plataforma crossmedia, que actua em quatro segmetos de informação, nomeadamente: Arte e Cultura; Tecnologia e Inovação; Turismo e Meio Ambiente e Lifestyle e Bem-estar.

Este evento contou com o apoio da Escola Superior de Jornalismo, instituição pública de Ensino Superior, que lecciona cursos de Licenciatura em Ciências de Comunicação e Ciências Documentais em Moçambique.

Denise Fato

Eu sou Denise Fato, tenho 21 anos de idade, e vivo no bairro de Magoanine “A”, cidade de Maputo. Sou estudante do 2.º ano de Licenciatura em Relações Públicas pela Escola Superior de Jornalismo (ESJ). Tenho admiração pela área de comunicação e escrita. Sou também jornalista na revista Entre Aspas nas categorias: Tecnologia & Inovação e Cultura & Arte.

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