O Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM) encerra a sua lista de concertos alusivo ao mês da mulher com o concerto ‘Kapulana Hip-Hop’ que junta Iveth Mafundza e a banda feminina As Marias. O evento que destaca a influência da mulher moçambicana na cultura e no cenário do Hip-Hop terá lugar esta sexta-feira (5), a partir das 20h00.
Para complementar a noite de celebração, música e empoderamento, onde a cultura Hip-Hop e o talento das mulheres moçambicanas serão elevados, o evento terá a participação especial de Gina Pepa, Jazz P, Onésia Muholove e Sistah Afrika.
As comemorações do Mês da Mulher, uma iniciativa anual promovida pela Embaixada de França em Moçambique, têm sido um marco significativo para reconhecer e celebrar as conquistas das mulheres. Este concerto, particularmente, representa o ápice destas celebrações, reunindo Iveth e As Marias num encontro marcante e simbolizando a superação dos desafios e preconceitos enfrentados pelas mulheres na indústria musical.
Iveth Marlene Rosária Mafundza é uma cantora moçambicana de Hip-Hop reconhecida por sua voz única e pelas suas letras profundas que trazem uma abordagem social e feminista, apresentando-se sempre nos palcos de saias para firmar a presença como mulher no Hip-Hop.
Em 2009, a Nkosikazi (esposa principal), pseudónimo pelo qual é também conhecida no mundo do Hip-Hop, ascendeu ao cargo de Directora Executiva da Associação Moçambicana das Mulheres de Carreira Jurídica (AMMCJ). No ano seguinte, lançou seu primeiro álbum, ‘O Convite’, pela Cotonete Records, com 20 faixas originais, que advoga a causa da igualdade do género; denuncia a perpetuação da opressão masculina; e questiona o papel da mulher nos lugares de decisão.
Além de sua carreira na música, Iveth é formada em Direito, trabalha como Advogada na Liga Moçambicana dos Direitos Humanos e também actua como docente na Faculdade de Direito da Universidade Eduardo Mondlane e no Instituto Superior de Ciências e Tecnologias de Moçambique.
As Marias, como são comumente chamadas, são a primeira banda da Escola de Comunicação e Artes da Universidade Eduardo Mondlane, composta por seis mulheres, que através da música lutam pelos direitos da mulher, pelo empoderamento feminino e pela igualdade de género.
Com um repertório que abraça a diversidade da cultura moçambicana, do tradicional ao moderno, As Marias cativam o público com sua energia contagiante e autenticidade.
Desde a sua criação, em 2014, o grupo apresenta-se em diversos locais importantes da cena cultural de Maputo e além, levando sua mensagem e talento para o mundo.
Em 2017, As Marias foi a primeira banda africana a participar no Festival Internacional de Música Juvenil das Cidades irmãs de Chengdu, na China.