A exposição “Manas 2000-2024”, patente na galeria do Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM), narra uma jornada de há vinte anos da fotógrafa dinamarquesa Ditte Haarløv Johnsen.
A mostra procura narrar a luta ou resiliência do movimento de luta pelos direitos humanos em Moçambique, através de um conjunto de registos resultados de uma relação de cumplicidade entre as manas, a câmera e a fotógrafa.
De acordo com Caio Simões de Araújo, pesquisador e curador afiliado ao Centre for Humanities Research, da University of the Western Cape, na África do Sul, estas fotografias, “nos guiam através do tempo, como um arquivo vivo e em constante construção”.
O académico considera que as fotografias constroem uma experiência íntima, familiar, e afectiva a redor das manas”.
“Manas 2000-2024” tem como protagonistas deste universo visual a famosa Ingrácia e a já falecida Antonieta.
Algumas fotografias que compõem a presente exposição, já foram vistas pelo público, em uma exposição organizada em 2003 pela Associação Moçambicana de Fotografia, na cidade de Maputo.
Com a exposição “Manas 2000-2024”, Ditte Haarløv Johnsen, celebra a coragem coragem das manas que estão connosco e das que já desapareceram. “A coragem que é preciso ter para se defender a si próprio e aos outros quando se pertence a uma minoria estigmatizada. A coragem que foi necessária para chegar até aqui”, diz a fotógrafa.
A fonte recorda que “este ano faz 20 anos que Antonieta faleceu. Juntamente com todas as outras Manas que já faleceram, trago-a comigo. E com as minhas fotografias convido outros a honrar o facto de elas terem existido”, acrescentou.