O fotógrafo moçambicano Mário Macilau abre, hoje (10), às 18h00, na sala de exposições do Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM), a exposição ‘Imediatismo’, que mostra os desafios sociais, ambientais e económicos enfrentados pelo país.
Desde sua infância nas ruas de Maputo até sua exploração das realidades locais, sua série de imagens revela o impacto do desmatamento e da busca desesperada por recursos, criando uma narrativa visual sobre a intersecção entre a vida humana e a destruição ambiental.
‘Imediatismo’, em exibição até 11 de Maio, desafia a noção de gratificação instantânea, destacando a importância de entender e contribuir para um presente e futuro melhores.
Mário Macilau nasceu em 1984 em Maputo, onde vive e trabalha. É um artista multidisciplinar, utilizando principalmente a fotografia, mas também explorando práticas de pintura, instalação, vídeo, som e poesia.
Seu envolvimento com a fotografia teve início em 2003, e sua dedicação à profissão começou a se solidificar em 2007, quando trocou o telefone celular de sua mãe pela sua primeira câmara fotográfica. Reconhecido como uma das figuras-chave da nova geração de artistas em Moçambique, Macilau é conhecido pelos seus projectos de longa duração que abordam questões ambientais, sociais e trabalhistas no país.
Seu trabalho fotográfico destaca-se por explorar identidade, questões políticas e condições ambientais, muitas vezes colaborando com grupos marginalizados para amplificar suas vozes e consciencializar o público sobre injustiças sociais e desigualdades. Utilizando, frequentemente, o retrato como ponto de partida, Macilau revela uma perspectiva mais ampla da realidade que retrata.
Ao longo de sua carreira, Macilau viajou para mais de cento e cinquenta países, recebendo reconhecimento internacional por seu trabalho através de diversos prémios, como o Prémio UNESCO, na França, e o ‘The Protection Project’, nos Estados Unidos da América. Suas obras são regularmente exibidas em exposições individuais e colectivas tanto em Moçambique quanto no exterior.
Seu estilo artístico, marcado pela escolha única de temas e pela capacidade de evocar emoção, tem sido amplamente elogiado. Em 2024, foi agraciado com dois prémios na França: o Roger Pic e Menção Honrosa do Museu do Quai Branly, que incluiu a aquisição de 15 obras suas para a colecção do museu. O trabalho de Macilau é coleccionado em todo o mundo, tanto por colecções privadas quanto públicas.