Daqui a pouco, na Galeria, a Marrabenta vai vibrar…

Um dia perfeito. O calor chama-nos para a noite, para a diversão. Estamos a suar em nossos serviços, não vendo a hora de desabotoar a camisa e tirar a gravata. Ainda bem que não será uma diversão qualquer: hoje é Dia da Marrabenta na Galeria. 18h00, pontualmente, tudo começa a ferver.

São chamados ao palco desta edição inaugural do Marrabenta Vibes Fest figuras incontornáveis do nosso cancioneiro popular: Wazimbo e Chico António. Matchote, outra ‘velha guarda’ escondida por detrás dos sopros de saxofone também irá subir ao palco. Nelton Miranda e Miguel Xabindza, são os ‘putos grandes’ deste espectáculo e mesmo como forma de provar que a marrabenta tem futuro, os ‘putos’, no verdadeiro sentido, Tânia e Nelson Chongo, vão, como sempre, homenagear os seus pais com músicas de autoria e do casal Carlos e Zaida Chongo.

Bom, é uma noite a não perder. Uma noite para fazermos uma viagem ao tempo – seja para o passado, bem como para o futuro – recordando de que foi feita esta nação em termos de música típica moçambicana.

Acima de tudo, é uma noite de ‘passagem de testemunho’, onde os ‘mais velhos’ vão mostrar aos artistas mais jovens como se caminha e quais são as artimanhas para vencer quando se está perante desafios.

“Vai ser um grande um show”, promete Chico António, ex-integrante de bandas como RM e Orquestra Marrabenta, que, a solo, soma vários sucessos e prémios. “O Chico aqui a falar, calmo, no palco é outra coisa e a responsabilidade de fazer um grande show, penso eu, será de todos nós.”

Para Nelton Miranda, é importante que este tipo de eventos exista, para a promoção da música ligeira moçambicana. Mas como estávamos em conferência de imprensa, quarta-feira (20), o artista exortou aos jornalistas para que se juntassem à causa de promoção deste ritmo e os seus fazedores.

“Os jornalistas têm que procurar aqueles que fazem, visitar os estúdios e conversar com os artistas e publicar nos jornais aquilo que se faz, do que esperar festivais como este. É preciso visitar os artistas sempre para que se sintam acarinhados e reconhecidos”, desafiou aos homens do ‘quarto poder’ o baixista.

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Elcídio Bila

Elcídio Bila é jornalista há (quase) 10 anos, escrevendo sobre arte e outros assuntos transversais. Tem passagens por dois órgãos de comunicação e diversos projectos de media. Trabalha também como copywriter em agências de comunicação. É fundador e director editorial da Entre Aspas.

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