O conglomerado tecnológico norte-americano Microsoft divulgou esta terça-feira (30) resultados trimestrais acima do esperado pelos analistas, ainda a beneficiar da informática à distância (cloud computing), ela mesmo estimulada pelo crescimento vertiginoso da inteligência artificial (IA) generativa.
A facturação aumentou 18%, em termos homólogos, para 62 mil milhões de dólares, no último trimestre do ano civil, mas que é o segundo do exercício contabilístico do grupo, acima dos 61,1 mil milhões antecipados pelos analistas.
Já os lucros subiram em um terço, para 21,8 mil milhões de dólares. O segmento da ‘cloud’, um dos seus três grandes, fez melhor do que esperado, ao crescer 20% em termos homólogos, e já representa 42% dos lucros totais.
E agora, o grupo de Redmond, no Estado de Washington, está a capitalizar com o apetite dos clientes pela IA, a qual aumenta as necessidades destes.
Com efeito, são poucos os que têm ao dispor capacidades próprias de cálculo e armazenagem necessárias para fazer funcionar os modelos de IA generativa, que criam textos, imagens, sons ou vídeos a partir de pedidos simples feitos em linguagem corrente.
“Passámos de um período onde se falava da IA para um outro onde esta está operacional em grande escala”, comentou o seu director executivo, Satya Nadella, no comunicado de divulgação dos resultados.
Parceira da OpenAI, criadora da interface ChatGPT, a Microsoft lançou uma série de funcionalidades que reforçam os seus programas informáticos com a IA generativa, nomeadamente o seu motor de busca Bing ou o conjunto de programas Microsoft 365.
“Ao injectar a IA em todos os níveis da nossa pirâmide tecnológica, ganhamos clientes e oferecemos avanços e ganhos de produtividade em todos os sectores”, acrescentou.
“Dentro de um sector tecnológico, apesar de tudo, muito dinâmico, a Microsoft não tem concorrência”, comentou Jeremy Goldman, analista da Insider Intelligence/eMarketer. “São os pioneiros da transformação com a IA como figura de proa”, reforçou.