Tal como no tempo de Samora Machel, o Ministério da Educação e Cultura voltou a unir-se neste novo ciclo de governação inaugura por Daniel Chapo. Mesmo que o ministro continue no ‘segredo dos deuses’, a ideia de voltar a cruzar os dois ministérios anima Nataniel Ngomane, que legitima este casamento: “faz sentido!”

Para o académico, numa entrevista exclusiva a Entre Aspas, assumiu que as duas áreas, de alguma forma, estão aproximadas.

“Recebemos a educação em casa, tem a ver com a nossa cultura: as boas maneiras, o respeito; separar o bem do mal, o bom do mau, o sujo do limpo; respeitar e ajudar o outro, a solidariedade, o apoio, enfim, a irmandade, a amizade” Na escola, contrasta Ngomane, a gente aprende aritmética, química, física… é o ensino.

Portanto, o Presidente do Fundo Bibliográfico de Língua Portuguesa nota uma convergência entre os dois ministérios. Até porque, na sua visão, a cultura transcende a dimensão artística. “As pessoas quando falam de cultura pensam que é só dançar, tocar música, fazer teatro, fazer cinema, mas é muito mais do que isso”, esclarece.

Cultura, prolonga-se o professor universitário, é saber de onde é que eu venho, quem sou eu, o que é que significa ser pessoa, o que é que significa etnia, o que é que significa unidade nacional. “E essas coisas a gente aprende com realizações práticas, concretas, que fazem parte da cultura.” Ora, “estando a cultura associada à educação, há muitas coisas da cultura que também podem ser ensinadas através do livro, através de sessões disto e daquilo.”

Para Ngomane, a Cultura não devia se ter juntado a Turismo, o pecado dos últimos 10 anos de governação, pois questões turísticas prendem-se a uma gestão financeira ou económica.

“Quem é que pode desenvolver uma actividade turística em Moçambique? Quanto é que paga ao Estado por desenvolver essa actividade? Qual é o benefício das pessoas que residem na área onde essa actividade é desenvolvida?”, estas são as perguntas que Ngomane acredita ter melhor resposta com o Ministro das Finanças, sublinhando que é o pelouro com melhores condições de gerir o turismo.

O académico vai mais longe, terminando: “Para mim, turismo não é apenas ir à praia tomar banho, ou tomar um sol. Há toda uma gestão económica e financeira que gera os espaços turísticos.”

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Elcídio Bila

Elcídio Bila é jornalista há 10 anos, escrevendo sobre artes e outros assuntos transversais. Tem passagens por dois órgãos de comunicação e diversos projectos de Media. Trabalha também como copywriter e Oficial de Relações Públicas em agências de comunicação. É fundador e director editorial do projecto Entre Aspas.

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