Estudos científicos indicam que, ao ouvirmos canções que agradam-nos, nosso cérebro libera dopamina, conhecido como “hormônio da felicidade”. Resulta em uma sensação de prazer e bem-estar, contribuindo bastante para a redução da ansiedade e dos sintomas depressivos.

De acordo com a Cremilde Fernandes, psicológa geral, “a música é uma ferramenta crucial no relaxamento ou sofrimento cerebral, influenciada pela mensagem, melodia e ritmo. Por um lado, os ritmos mais agitados comunicam ao cérebro um momento de descontração, enquanto os mais serenos transmitem suavidade ou melancolia.

Por outro lado, os ritmos extremamente agitados podem anunciar alguma forma de violência. O sentido auditivo torna-se a peça chave nesse processo e é controlado pelo cérebro, assim como os outros sentidos. As melodias baseadas em flautas e pianos, resumindo, acústicas, criam um ambiente muitas vezes angelical, como nas óperas.

A psicologa Fernandes acrescenta que, “o cérebro é dividido entre a razão e a emoção. Quando ouvimos música, apuramos nosso lado emocional e, dependendo do nosso estado, agimos em conformidade com a música. Resumindo, a música nos orienta ou desorienta emocionalmente, somatizando, ou seja, sentimos o que ela expressa.

Fernandes ressalva que, “a música é como uma frase de efeito que ouvimos em palestras: nos emocionamos e nos motivamos. No entanto, o mais importante é começarmos a tomar acções que promovam nossa própria melhora. Por exemplo, uma música evangélica pode promover a fé, mas é necessário tomar o medicamento com determinação e realizar fisioterapia com confiança. A música também pode ser utilizada com pacientes em coma.”

O impacto da música não se limita ao psicológico, mas também afecta directamente o corpo. Pesquisas têm mostrado que ouvir música pode reduzir a percepção da dor, especialmente em ambientes clínicos. Pacientes que escutam suas músicas favoritas durante procedimentos médicos relatam níveis mais baixos de dor e ansiedade, o que sugere que a música tem um efeito analgésico natural. Dessa forma, a combinação de som e cuidado médico pode proporcionar uma experiência mais tranquila e menos estressante.

Ademais, a música exerce influência sobre funções fisiológicas, como a frequência cardíaca e a pressão arterial. Ritmos animados e energéticos podem incentivar a actividade física, tornando a música um excelente companheiro para exercícios. Muitas pessoas afirmam que a música as motiva a manter o ritmo durante corridas e treinos, evidenciando como ela pode ser uma aliada no alcance de metas de saúde.

Outro aspecto fascinante do impacto da música reside em sua capacidade de promover conexões sociais. Eventos como concertos, festivais e até mesmo reuniões informais em casa, onde a música está presente, criam laços importantes entre as pessoas. A experiência compartilhada de apreciar uma canção ou dançar juntos fortalece relacionamentos e fomenta um senso de comunidade.

Os benefícios da música não se restringem apenas à mente. A prática de ouvir ou tocar música também pode ter impactos positivos na saúde física. Um estudo publicado na revista Journal of Music Therapy constatou que pacientes que ouviam música durante procedimentos médicos relataram menos dor e ansiedade. Além disso, a música pode ajudar a melhorar a recuperação pós-cirúrgica, reduzindo a percepção da dor e promovendo um ambiente mais relaxante.

A música também está ligada ao exercício físico, criar uma “playlist” animada pode aumentar a motivação durante a actividade física, tornando o treino mais agradável. Pesquisas mostram que ouvir música enquanto exercita-se pode melhorar o desempenho, ajudando a aumentar a resistência e a reduzir a percepção de esforço.

Os ritmos da música têm um efeito directo na fisiologia humana. Batidas rápidas podem aumentar a frequência cardíaca, enquanto músicas mais lentas podem ajudar a desacelerá-la. Esse fenômeno é utilizado em práticas como o “yoga” e a meditação, onde a música suave é empregada para criar um ambiente propício à concentração e ao relaxamento.

Ademais, a dança é uma expressão cultural que une música e movimento, promovendo não apenas a saúde física, mas também socialização e expressão emocional. A dança tem sido reconhecida como uma forma eficaz de exercício, promovendo benefícios como o fortalecimento muscular, a flexibilidade e a coordenação.

Ao ouvirmos nossas canções favoritas, não apenas desfrutamos de melodias, mas também nutrimos nossa mente e corpo de maneira . Assim, em tempos desafiadores, a música apresenta-se como um refúgio, um remédio e uma fonte de alegria, lembrando-nos do poder transformador que possui.

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Milca Nhabanga

Sou Milca Nhabanga, 26 anos, residente em Intaka, estou a concluir o 4º ano de Licenciatura em Jornalismo pela Universidade Eduardo Mondlane. Apaixonada pela comunicação, atuo na área de redacção e audiovisual, com foco em narrativas dinâmicas e envolventes que capturam o impacto da informação.

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