A exposição ao sol é parte essencial da vida de milhões de pessoas, seja para lazer, trabalho ou até para a obtenção de vitamina D. No entanto, a falta de cuidados adequados com a radiação ultravioleta (UV) pode trazer sérias consequências, sendo o cancro de pele uma das mais graves.
O cancro de pele é o tipo mais comum de cancro no mundo, e sua principal causa é a exposição excessiva ao sol sem protecção. Ele ocorre quando células da pele sofrem mutações em seu DNA devido à radiação UV, levando à multiplicação descontrolada e formação de tumores.
Existem diferentes tipos de cancro da pele, sendo os mais comuns o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma. Este último é o mais agressivo e pode se espalhar para outras partes do corpo se não for diagnosticado e tratado precocemente.
A radiação solar, além de nos proporcionar vitamina D, também pode causar danos irreversíveis à nossa pele. Os raios UVA envelhecem precocemente e os UVB provocam queimaduras e alterações no DNA das células, aumentando o risco de cancro.
Esses danos são cumulativos, ou seja, a exposição ao longo dos anos aumenta o risco, mesmo que não sejam visíveis imediatamente.
Contudo, qalquer pessoa está sujeita aos danos causados pelo sol, mas alguns factores aumentam a vulnerabilidade:
• Pele clara ou com histórico de queimaduras solares.
• Histórico familiar de câncer de pele.
• Alta exposição ao sol por trabalho ou lazer, especialmente sem protecção.
• Presença de muitas pintas ou sinais no corpo.
• Uso frequente de câmaras de bronzeamento artificial.
A boa notícia é que o cancro de pele é amplamente prevenível com medidas simples:
Use protector solar diariamente: Escolha um produto com factor de protecção solar (FPS) de, no mínimo, 30, e reaplique a cada 2 horas.
Evite a exposição solar nos horários de pico: Entre 10h e 16h, a radiação UV é mais intensa.
Use barreiras físicas: Chapéus, óculos de sol e roupas com proteção UV são aliados essenciais.
Fique atento à sua pele: Observe sinais e pintas regularmente e procure um dermatologista se notar mudanças.
O diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento bem-sucedido. Exames de rotina com um dermatologista, especialmente para pessoas de alto risco, podem detectar alterações antes que elas se tornem graves.
Além das consequências para a saúde, o câncer de pele gera custos elevados para os sistemas de saúde e perda de qualidade de vida para os pacientes. A consciecialização e políticas públicas que promovam o uso de protecção solar são essenciais para reduzir esses impactos.
A relação entre o sol e a saúde da pele exige um equilíbrio. Aproveitar os benefícios do sol de forma segura, adoptando medidas preventivas, é a melhor forma de evitar o cancro de pele.
Quem foi Noel Langa?
Noel Langa nasceu em 1938, em Manjacaze, na província de Gaza. Filho de uma ceramista, Langa foi influenciado pela mãe, que o ensinou a arte de modelar e dar forma à terra. Mas foi a pintura que realmente o cativou, e sua busca por desenvolver essa habilidade o levou à cidade de Maputo (antiga Lourenço Marques), onde se matriculou em 1960 no curso de Pintura Decorativa na Escola Industrial Mouzinho de Albuquerque.
Com o passar dos anos, Langa construiu uma obra diversificada que misturava figuras enigmáticas e abstractas, onde a sua arte era uma forma de questionar o mundo ao seu redor.
O artista acreditava que a pintura não era apenas uma representação da realidade, mas um veículo para questionar os porquês dessa realidade.
Morre o artista e fica o legado!
Noel Langa morreu na última quinta-feira, 12, vítima de doença. A morte do artista deixou um vazio nas artes plástica em Moçambique. Noel dedicou mais de 60 anos de sua vida à pintura, cerâmica e ao ensino artístico
Ao longo de sua carreira, suas obras ganharam destaque em mais de 100 exposições colectivas, e 40 exposições individuais em países como Portugal, Alemanha, Angola, Nigéria e Argélia.
Além de sua carreira como artista, Langa foi um grande educador. Em 1992, fundou o Atelier Arco-Íris, no bairro Munhuana, em Maputo, um espaço dedicado ao desenvolvimento artístico de jovens. Ali, o artista promovia workshops, concursos de artes plásticas e sessões culturais.
Pintou um notavél mural na Fundação Alberto Chissano, entre outras obras. Em 1995, foi distinguido com a medalha de Mérito Cultural Rotário, no Rotary Club Estoril, em Portugal.
Em 2016, realizou a exposição individual “Fragmentos do Arco-Íris”, no Museu Nacional de Arte – Maputo, onde a sua obra se encontra representada na exposição permanente.
O Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, também manifestou-se sobre a perda do artista, afirmando que Langa foi uma das maiores referências da arte moçambicana e que sua morte deixa o país “muito mais pobre”. O Presidente ressaltou que o artista sempre levou o nome de Moçambique além-fronteiras, com suas obras que representam a luta, a cultura e a história do país.
Milca Nhabanga
Sou Milca Nhabanga, 26 anos, residente em Intaka, estou a concluir o 4º. ano de Licenciatura em Jornalismo pela Universidade Eduardo Mondlane (UEM). Apaixonada pela comunicação, actuo na área de redacção e audiovisual, com foco em narrativas dinâmicas e envolventes que capturam o impacto da informação