Em um mundo onde o consumo de plástico cresce a cada ano, a questão do tempo de decomposição deste material tem ganhado relevância. A maioria dos plásticos comuns leva entre 400 e 1.000 anos para se decompor, o que significa que quase todo o plástico já produzido pela humanidade ainda está presente em algum lugar do planeta. Esta realidade representa um dos maiores desafios ambientais da actualidade, impactando tanto os ecossistemas terrestres quanto os marinhos.

Produzido em larga escala desde a década de 1950, o plástico tornou-se omnipresente no cotidiano pela sua praticidade, baixo custo e versatilidade. No entanto, a maior parte dos produtos plásticos como sacolas, garrafas, embalagens e utensílios descartáveis são usados uma única vez antes de serem descartados. Esses itens, chamados de plásticos de uso único, representam aproximadamente 40% de todo o lixo plástico, segundo dados das Nações Unidas.

Quando descartado incorrectamente, o plástico acumula-se em rios, florestas e aterros, e uma parte significativa acaba no oceano. Este plástico não se decompõe como materiais orgânicos, ao invés disso, ele fragmenta em microplásticos, que são pequenos pedaços com menos de 5 mm. Essas partículas podem ser ingeridas por animais marinhos e, eventualmente, acabam na cadeia alimentar, trazendo riscos também à saúde humana.

Segundo o ambientalista Carlos Serra, em ambientes aquáticos, os plásticos sofrem um processo chamado de fotodegradação, que ocorre devido à exposição à luz solar.

“Mesmo após anos de fotodegradação, o plástico não desaparece completamente, permanecendo no ambiente em forma de micro e nanoplásticos, partículas ainda menores que já foram detectadas em organismos vivos, no solo e até na água potável. Estudos indicam que seres humanos consomem aproximadamente cinco gramas de microplástico, por semana, o equivalente a um cartão de crédito.

Além de afectar a fauna e a flora, o descarte inadequado de plástico também gera um impacto visual, prejudicando o turismo e a qualidade de vida em muitas regiões. As praias e áreas naturais contaminadas com resíduos plásticos afectam o potencial económico de regiões turísticas e ameaçam a biodiversidade.

A situação é tão crítica que organizações internacionais têm intensificado os apelos para reduzir o consumo de plásticos descartáveis e aumentar os esforços de reciclagem. Países como o Canadá e membros da União Europeia já estabeleceram metas para eliminar produtos plásticos de uso único em um futuro próximo. No Brasil, a regulamentação ainda avança lentamente, mas algumas cidades e estados têm adoptado iniciativas para proibir o uso de sacolas plásticas e incentivar alternativas biodegradáveis.

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Cacilda Zunguze

Chamo-me Cacilda Zunguze, tenho 23 anos de idade, e moro na cidade da Matola. Curso do 4.º ano de Licenciatura em Jornalismo na Escola de comunicação e Artes (ECA) da Universidade Eduardo Mondlane (UEM). Tenho admiração pela área da escrita e edição de vídeos e textos. No projecto Entre Aspas dedicou-me a editoria de Turismo & Meio Ambiente.

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