Rui Tadeu, homem conhecido do desporto, divulga, hoje, as suas habilidades artísticas, através de “Riscos e Feelings”, uma mostra de artes plásticas que inaugura às 18h00, no auditório sede do BCI, em Maputo.

Trata-se de uma exposição individual que ostenta 56 obras caracterizadas por um conjunto singular de riscos com ritmo e intensidade diversa, movidos por vivências, impulsos interiores e exteriores, capazes de, por si, dialogar, identificar, espelhar e despertar sentidos e consciências.

Com esta mostra, que conta com a curadoria de Ana Lúcia Silva (Nwetana) e o prólogo do Professor Catedrático Severino Ngoenha, o artista pretende angariar receitas que vão beneficiar à Associação Kutsaca, uma entidade que tem desenvolvido e implementado um conjunto de projectos de apoio e desenvolvimento comunitário na província de Gaza, com destaque para a Vila da Praia do Bilene.

De acordo com Severino Ngoenha, no seu prólogo à exposição, a estética, como ela se constituiu há quase três séculos, não é uma disciplina que tenha por objecto as normas das práticas artísticas ou do julgamento do gosto. “Ela é um regime de identificação da arte, que supõe um modo de pensamento. A arte nunca existe sozinha, para que ela exista não basta que haja pintores ou músicos, actores ou dançarinos e pessoas que tenham prazer em vê-los ou ouvi-los. É necessário que as suas performances (exibições) extasiem olhares e seduzam inteligências.”

Com esta exposição, acrescenta Ngoenha, o observador atento que é Rui Tadeu, parece estar a saltar a cerca. “Ele deixa hoje de ser espectador e sobe ao palco. Ele foi alguma vez espectador? Torna-se artista porque faz a sua primeira grande exposição individual? Ou na realidade estamos a assistir e participar no que é comum em toda a arte, algo que só pode e só se deve realizar na síntese entre o actor e o espectador?”, realça o filósofo.

“Riscos e Feelings” estará patente até 9 de Outubro, sendo que, no dia 5, será analisada e debatida publicamente por via da sessão Dialogarte.