Wazimbo inaugura série de documentários sobre músicos moçambicanos

Como celebração dos 75 anos do músico moçambicano Wazimbo, esta quarta-feira (20), às 18h00, o Camões – Centro Cultural Português, em Maputo, promove a exibição do documentário ‘Monstros de Guitarra’.

Trata-se de é uma série de documentários sobre músicos moçambicanos e a sua trajectória musical. As estórias contadas pelos próprios músicos são acompanhadas por sons musicais e guitarra. No episódio apresentado esta quarta-feira, é retratada a vida do conceituado Wazimbo, num momento que será seguido de uma conversa com o músico, o realizador do documentário e o produtor das celebrações.

O primeiro episódio de ‘Monstros de Guitarra’ contou com a realização e produção de Aldino Languana, com a produção musical de Semedo, câmara de Micas Mondlane, som de Francisco Martins e edição de Stefane Sitôle.

Wazimbo: 50 anos de carreira registados em três obras e infinitas glórias

Humberto Carlos Benfica, mais conhecido por Wazimbo, é um ícone da música moçambicana, profissional de carreira há mais de 50 anos, uma das maiores vozes já conhecidas, e com um percurso associado à Banda RM e depois à Orquestra Marrabenta Star, para além de várias parcerias com músicos locais e internacionais, sendo detentor de dois registos discográficos a solo, mais uma colectânea de canções, as quais marcam a sua trajectória com a Orquestra Marrabenta, segundo consta de sua biografia.

Hoje, a caminho do ‘Mafalala Root’s’, uma obra que busca retratar a sua vivência na Mafalala, bairro histórico da capital, Maputo, outrora Lourenço Marques, conhecido pelos seus hábitos e costumes, uma vez que terá residido ali durante boa parte da sua infância e juventude, habitando no meio de uma cultura tipicamente indígena, mas recheada de muita riqueza e diversidade, num contexto de gerações passadas, onde sobram recordações das quais só a memória sabe resgatar os bons momentos.

‘Mafalala Root’s’ é um trabalho que coincide com o seu aniversário, posto que em novembro de 2023 completou 75 anos de idade, e, sendo este um registo de envergadura, apresentará temas que sirvam de inspiração para todas as épocas, pois é a essência da sua vivência na Mafalala, somado à sua passagem pela Orquestra Marrabenta Star até às parcerias do final da década 90, e começo dos anos 2000 até esta data, junto com Digital MC, Mad Level, DJ A.D., Sizaquiel, Iolanda Kakana e muitos outros cantores da nova geração.

Faz-se necessário referir que durante a existência da Orquestra Marrabenta Star, através do selo alemão Piranha, Wazimbo gravou a balada, ‘Nwahulwana’ (Pássaro Nocturno), tema que lhe conferiu maior visibilidade no país e pelo mundo afora, sendo que pela primeira vez o mesmo passou num comercial da Microsoft, e, em 2001, a canção foi usada como trilha sonora para o filme ‘The Pledge’, dirigido por Sean Penn e protagonizado por Jack Nicholson. De referir que na canção ‘Nwahulwana’, inicialmente gravada com a Orquestra Marrabenta Star, a letra expressa certa tristeza sobre o estilo de vida ambulante de uma moça fascinante e maravilhosa, a qual Wazimbo se refere como a «sua irmã-Maria», mas que infelizmente devido as circunstâncias da vida, desperdiça noites se relacionando com homens de bar em bar.

Em seus créditos com a Orquestra Marrabenta, constam o LP ‘Independance’ e o LP ‘Piquenique’, os quais se caracterizam por vários ritmos e dança, mas sob a bandeira da Marrabenta, visto que por ser predominante, era o estilo que marcava a identidade da orquestra para aquela época, tendo a sua primeira formação prevalecido de 86 até 89, e, posteriormente, seguido com outros integrantes, incluindo Wazimbo e José Guimarães, até a dissolução definitiva em 1990.

No que diz respeito ao público, durante seu percurso Wazimbo sempre granjeou audiência fiel, composta essencialmente por nacionais e estrangeiros, variando internamente assim como fora de portas, com maior enfâse para os países da SADC e CPLP, mais uma boa parte dos países europeus, tudo graças a sua carreira a solo marcada pelos registos, ‘Makweru’ (1997), ‘Raízes’ (2016), e, agora, ‘Mafalala Root’s’ (2023).

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